Entre o desejo de ser pai, e o medo de falhar nesse papel, Dino d’ Santiago encontrou na terapia um lugar de entendimento. De si próprio e da sua família, que deixou para trás alguns pesos, onde se inclui a história de uma morte trágica. “Queria agradar para me sentir incluído, desagradando-me constantemente”, admite o músico, que, nesta conversa, partilha o seu profundo processo de desconstrução…e de libertação pelo amor. Hoje, em vez de forçar uma existência de “super-humano”, o músico reivindica “apenas” um espaço para ser humano.
Imaginou uma carreira como professor de História da Arte, e também como arquiteto e ilustrador. Mas é na música que Dino D’ Santiago projecta a assinatura profissional, impulsionada em 2003 com a participação no programa televisivo “Operação Triunfo”. Seguiram-se 11 anos de ligação aos Expensive Soul, marcados pelo amadurecimento de uma identidade musical firmada no Soul, Hip-Hop e RnB.
Agora a solo, o autor dos álbuns “Mundu Nôbu” e “Kriola” afina a voz e as composições contra o racismo e todas as formas de discriminação, e coloca em evidência que “somos todos crioulos”.