Elisabete Moreira de Sá
À descoberta de si, e um encontro com a sua ancestralidade e espiritualidade.
Que histórias contamos a nós próprios? Como nos vemos, a partir dos lugares de onde vimos? Na Quinta da Princesa, um dos bairros mal-afamados do concelho do Seixal, Elisabete Moreira de Sá começou por encolher perspetivas, encerrada numa vida de impossibilidades, até começar a alargar o olhar. Foi então que ‘saiu da ilha’ para ganhar o mundo, viagem que lhe tem permitido SER, independentemente do que possa parecer.
“Estava a tentar provar o meu valor a partir de um lugar que não era meu”, conta neste episódio, guiando-nos pelos caminhos que a conduziram a casa. Ou seja, à descoberta de si, e encontro com a sua ancestralidade e espiritualidade. O mergulho interno, excruciante em dores, permitiu confrontar velhas feridas, desfazer nós de identidade e selar novos compromissos. Com amor-próprio e autoconsciência, para que o copo da vida permaneça cheio.
Já trabalhou como assistente de bordo, locutora de rádio, consultora na área empresarial e apresentadora de televisão. Mas foi ao criar a Kacau, marca especializada em lingerie e acessórios cor de pele, que se encontrou. Formada em Relações Públicas e Comunicação Empresarial, Elisabete Moreira de Sá declara-se também “apaixonada pela vida e pelo desenvolvimento pessoal”. Filha, irmã, mãe, esposa, amiga e empresária, junta ainda a esses papéis o de facilitadora de círculos femininos, empenhada em guiar mulheres numa jornada de reconexão e realinhamento, que permita resgatar poder pessoal.
A “Jornada da Rainha”, conforme descreve, começou na sua própria história, transformada a partir da maternidade, e da sua ‘marca-causa’. Fundada em 2021, em Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro), a Kacau dá resposta a uma dor pessoal, alargando os tons de pele que vestem o mercado de roupa interior.