Fábio de Pina
Defende a importância de trabalharmos a infelicidade dentro das empresas, e assume o compromisso de fazer o tempo contar.
Profissionalmente bem posicionado como especialista em felicidade, Fábio de Pina forçou o sorriso até ao limite da depressão. Admitir que se sentia profundamente infeliz, quando ganhava a vida a promover o bem-estar de outras pessoas, tresandava a fraude. Por isso, enquanto via o casamento ruir, e com ele, a construção familiar que sempre sonhou ter, Fábio simulou felicidade. Acabou por mergulhar numa espiral de sofrimento, processo que quase lhe custou a vida, e sobre o qual fala abertamente neste episódio.
Hoje defende a importância de trabalharmos a infelicidade dentro das empresas, e assume o compromisso de fazer o tempo contar. Em especial quando está com a filha, procurando ser o pai afetuoso que não teve, mas sempre quis ter. Consciente dos desafios emocionais que enfrenta, Fábio reconhece que os mesmos passam muito pela relação com os pais, o reencontro com as origens cabo-verdianas, e a afirmação da sua identidade negra. Em reconstrução.
Licenciado em Gestão de Marketing, pela Escola de Ciências Empresariais do Instituto Politécnico de Setúbal, Fábio de Pina apresenta-se como “Humano. Filho. Irmão. Pai”. Assim mesmo, com pontos finais – em vez de vírgulas – a demarcar cada papel, expressão perfeita do quanto procura ser e estar na vida de forma plena. Será esse o caminho para a felicidade? Enquanto trabalha nas próprias respostas, Fábio ajuda outras pessoas a encontrar as suas, na qualidade de gestor de felicidade especializado no sector empresarial.
“O meu propósito é ajudar a humanizar todos os processos corporativos, que nos permitam rumar a uma vida de produção e serviço que se pretende plena, com sentido e significado”, diz o fundador e CEO da empresa HappyC, investido em criar e implementar dinâmicas que permitam às pessoas e organizações estarem em sintonia com os seus porquês. A missão é indissociável da gestão de emoções humanas, e pretende facilitar a construção de “um espaço seguro onde a diversidade, a inclusão, a heterogeneidade e a felicidade estejam e existam de facto”.