Pedro Barbosa
Cultuar, maternar, divinizar...seja qual for o verbo, conjuga tempo e espaço com Amor.
Cultuar, maternar, divinizar...seja qual for o verbo, Pedro Barbosa conjuga tempo e espaço com Amor. Afinal, lembra-nos, os nossos ancestrais “não tiveram tempo para amar”, mobilizados para sucessivas lutas de resistência contra planos de genocídio que, ainda hoje, ameaçam a nossa existência. Por isso, sublinha o presidente da Associação Amor, importa continuar a resistir, nomeadamente contra o branqueamento das religiões de matrizes africanas. Iniciado no candomblé na adolescência, o hoje líder espiritual defende, neste episódio, a urgência de homenagearmos a nossa ancestralidade, amando sem culpa, e sonhando sempre em coletivo.
“Durante muitas gerações, não foi possível amar”, insiste Pedro, para quem devemos agarrar essa possibilidade em todas as suas formas. Afirmando e reafirmando: “Eu sou o sonho dos meus ancestrais”.
Produtor cultural, poeta, jornalista e pesquisador das religiões de matrizes africanas, Pedro Barbosa é também presidente e líder espiritual da Associação Ilé Àṣẹ Ìgbà Mérìndínlógún Ọ̀ṣùn Cultural Beneficente e Religiosa, mais conhecida como Associação Amor. Integra igualmente a Diretoria do Departamento de Cultura da Casa do Brasil de Lisboa, e foi um dos rostos da campanha “É fixe o que as pessoas migrantes trazem na mala”, inserida no projeto #Migramyths - Desmistificando a Imigração.
Esta é uma área que sobressai na sua história e intervenção social, destacando-se, neste âmbito, a ligação à iniciativa “Migrante Participa em Sintra – Caminhos para a Igualdade e Participação”. Através dela contribui para a promoção de espaços de partilha de experiências e conhecimentos sobre temáticas que envolvem a comunidade migrante residente nos territórios de Algueirão-Mem Martins e Queluz e Belas, com foco nas questões de género.